8 de maio de 2013

No Brasil, as coisas normalmente terminam em Pizza, e às vezes a Pizza termina uma vida

         A região da grande Goiânia raramente aparece em noticiários do cenário nacional do nosso país, mas para quem viu o Fantástico neste domingo, pode acompanhar a triste história de uma garota de 11 anos que foi baleada ao tentar proteger o pai em uma discussão. Tudo aconteceu no dia 27 de abril, a garota teve morte cerebral declarada no mesmo domingo em que a reportagem foi veiculada, dia 5/5/2013.
         Incrivelmente a região onde nasci e fui criado só é lembrada em momentos como este, e é em momentos como este que devemos refletir, sobre o valor de uma vida, ou a falta de valor de uma vida, vamos aos fatos.
         Segundo relatos, tudo começou a pouco mais de 2 meses, quando o pai da garota pediu uma pizza, e se recusou a pagar pela mesma, devido a demora na entrega. Já diz o ditado, se quer uma coisa bem feita, faça você mesmo, cara, se você pede um serviço, tem que entender que pode demorar, a pizzaria pode estar cheia, podem estar faltando funcionários naquele dia, as pessoas tem que ser mais compreensivas, se você pediu a pizza pague e pronto, ficou insatisfeito, peça em outro lugar da próxima vez. Quanto ao comerciante, se o cliente se recusa a pagar pelo serviço, use de meios legais para punir, na minha opinião, os dois agiram muito errado desde o começo.
         Mas uma vez segundo as reportagem, e boatos e tudo mais, depois deste episódio, o dono da pizzaria teria comprado uma arma, e espalhado pelas redondezas que acertaria as contas com o devedor, é incrível como uma arma tomou poderes de Deus agora, é o portador dela que decide, quem vive e quem morre. Na minha opinião, e convicção, acerto de contas é sem trapaça, vai braço com braço, se tiver mesmo que ir de alguma forma, vai na porrada, mais justo, ninguém sai na vantagem.
         Depois desta conversa de que o dono da pizzaria ia matá-lo, o pai das garotas foi tirar satisfação com o cara, e o mais incrível, levou as duas filhas com ele, não sei, vim de um lar superprotetor, onde se eu não responder as mensagens da minha mãe ela fica louca e liga pra todos os meus amigos, eu com 22 anos, ela chega em mim e fala "Se eu pudesse você não sairia de baixo da minha asa.", aí me vem um pai louco desses que levas as filhas para tirar satisfação com um cara que jurou matá-lo, pra mim as intenções desse cara não eram boas, porque ele não deu valor pra própria vida, e muito menos pra vida das filhas, que normalmente são os "bens" mais preciosos que uma pessoa pode ter.
         Ao invés de ir embora o cara preferiu usar as filhas como escudo, e deu no que deu, pra mim os dois tem que pagar, o assassino, por ter matado uma pessoa, e o pai, bom, a pena dele será bem maior, porque no fundo ele sabe que podia ter evitado tudo isso, e vai ter que conviver o resto da vida com essa culpa.
         E vale parar, tirar um tempo e pensar, é isso que vale uma vida ? Um pedido de pizza, de sei lá, 10, 20 ou 30 reais ? A vida é muito mais pessoal, temos que usar mais a lei de contar até 10, calar a boca ao invés de responder as coisas sem pensar, usar menos a buzina e mais a compreensão, pensar que uma vida inteira poderia ter sido poupada, se o pai tivesse pago a pizza, e esquecido, ou se o dono da pizzaria tivesse deixado de lado, acionasse os meios legais para punir o cara, cabe reflexão.
         Cabe seguir essa máxima: "Me ensino a ser mais tolerante, não julgar ninguém e com isso ser mais feliz ...e permanecendo tranquilo aonde for PACIENTE, CONFIANTE e INTUITIVO"
         Peço a vocês que percam 4 minutos de suas vidas ouvindo essa música: http://letras.mus.br/forfun/1627265/, mas prestem atenção, entendam a essência dela, e levem isso com vocês.

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