10 de janeiro de 2015

Como se fosse menos pecado, matar por religião

"Guerra Santa, sangue, areia, água benta. Como se fosse menos pecado, matar por religião. Sem saber se estão matando a fé das pessoas. Uma revolução fajuta, e uma ilusão bem pregada, políticos de um lado e o povo de outro"
É com esse trecho da música "Revoilusão - Rashid", que começo este texto.
Na última quarta-feira, houve um atentado à uma revista francesa, "Charlie Hebdo", onde 12 pessoas foram assassinadas por "terroristas" radicais islâmicos. O principal motivo deste atentado, foram uma publicações da revista, que é famosa por suas sátiras, e críticas, em uma delas o profeta Maomé aparecia beijando outro homem, e a legenda, se não me engano era algo como "O amor é mais forte que o ódio", a frase era algo deste tipo, e isso causou a revolta de muitos mulçumanos.
Às vezes, quando vejo ou leio noticiários, ou ouço histórias de mortes, penso que existem inúmeras maneiras idiotas de se morrer ou de se tirar uma vida, por exemplo, brigar por causa de uma mulher em uma festa, sendo que na mesma festa existem inúmeras mulheres mais legais e mais bonitas que aquela, brigar por causa de time de futebol, ou mesmo por causa de política, como falei nos últimos textos que um "Aecista" me ameaçou. Estas formas são exemplos de coisas idiotas que podem ser evitadas, mas a pior de todas é a religião, se a essência de toda religião no fim das contas é o bem, seja ele conquistado por meio de pagar o dízimo, ir a cultos, pagar promessas, fazer oferendas, ou ir uma vez ao ano visitar um monumento em uma cidade distante, porque então muitas vezes brigas e mortes surgem deste "buscar o bem".
Esses dias estava indo pra academia (#nopainnogain -huheuheue BR) e passei na porta de uma igreja católica (sou batizado em igreja católica, mas com o tempo vi que igrejas não complementavam em nada minha vida) e as pessoas que estavam lá dentro gritavam declarando seu "ódio" por homossexuais (existem outros exemplos, mas uso este, porque é algo que parece ser mais radical), às vezes me pergunto, será que seu Deus, seja ele qual for, que prega sempre o bem, julgaria uma pessoa por gostar de outra pessoa do mesmo sexo?
Será que ser homossexual, será que não comunhar, não se confessar uma vez a cada período X de tempo, será que não contribuir financeiramente pra igreja, vai te fazer ser odiado pelo seu Deus?
Porque pra mim, o que vale mais é a "religião do bem", não que eu seja o cara que faz tudo certo, muito longe disso, faço muita coisa que muita gente julga errado, mas a questão é, se o que você faz não causa o mal à outras pessoas, não vejo isso como algo ruim, é tudo uma questão de consciência e paz interior.
Voltando ao atentado à revista francesa, vi pessoas criticando a revista pela "gracinha" que foi feita com a religião alheia, e porra, achei essa comparação ridícula, uma religião que vive julgando outra, não pode achar ruim quando for colocada na roda. O que é ridículo, é o fato de pessoas se matarem por um direito que cada um tem, se eu for católico e você for evangélico, que bom, cada um acredita no que quiser e é simples assim, aposto que Deus, Budah, Krishna, Maomé, Alá, Jah, Iemanjá, ou o que quer que cada um acredite, ficaria satisfeiro ao ver um discípulo seu matando outro em seu nome, isso não tem nada haver com o bem, e na minha opinião, nada haver com religião.