12 de outubro de 2014

"Ah se a verba chegasse, aonde tem que chegar, se as ideias chegassem aonde tem que chegar"

                Ao contrário do anterior, este não tem nada de romantismo, só algumas reflexões do dia-a-dia. Quem me conhece bem, sabe que eu sou contra uma pancada de injustiça que acontece no mundo, e ao contrário de muita gente, eu não consigo simplesmente pensar “deixa pra lá”.
                Na sexta-feira, sai com meus amigos pra um dos barzinhos do Marista, onde a “elite” goiana curte passar os finais de semana, ostentando seus carrões e melhores roupas, não sou um dos maiores fãs do local, mas como tenho amigos que vão em todo tipo de lugar (e eu também sou assim), e todo tipo de lugar pode incluir até a “Eclipse”, fomos para o tal barzinho.
                Em determinada hora da noite, fui pra porta do barzinho pra dar uma andada, e vi um garoto vendendo balinhas, perguntei pra ele quantos anos ele tinha, e ele me disse que tinha 11 anos, poxa, eu com 11 anos, em uma sexta-feira às 2 hrs da manhã estaria dormindo pra acordar cedo no outro dia para brincar na rua, e enquanto isso vemos crianças passando as madrugas, e perdendo parte da sua infância vendendo balinhas e vigiando carros, isso é foda.

                Sei que um sistema socialista é totalmente utópico e surreal, e muito menos funcionaria no nosso país, mas aquele menino me fez parar pra pensar, que enquanto muita gente “manda descer” os combos mais caros de barzinhos e boates, gastando milhares em uma noite, uma criança tá ali na porta vendendo uma  balinha pra poder sobreviver ou pra melhorar a vida da família.
                Eu penso da seguinte forma, o dinheiro é seu, você ganha ele seja com trabalho, ou com mesada do papai, e faz dele o que bem entender, mas sinceramente, não entra na minha cabeça, que você tenha a necessidade de gastar R$1000, R$2000, R$5000 por noite, acho que isso é mais questão de status, de se mostrar pros outros, do que benefício próprio, então, se você tem todo esse dinheiro pra gastar, porque não pensa que pode ajudar uma pessoa, eu fico imaginando, se esses caras que gastam tanto assim em uma noite, chegasse em um desses garotos e comprasse todas suas balinhas, todo fim de semana, você não daria esmola pra ninguém, ajudaria uma pessoa, e de quebra o moleque ainda podia ir dormir mais cedo.

                Acho que o que mais falta no mundo hoje em dia é pensar no próximo, não sou hipócrita a ponto de dizer que faço tudo certo, porque não faço, na verdade ninguém faz, mas todo mundo tem uma forma de ajudar, e acho que ajudar uma pessoa causa mais impressão do que “ostentar”, só escrevi isso, porque aquela cena que rolou sexta mexeu de certa forma cmg, e me fez parar pra pensar um pouco mais nas coisas “não materiais” e gosto de pensar que as outras pessoas possam pensar nisso também.

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